São as algas marinhas que fornecem a maior parte do oxigênio
de que planeta precisa. Florestas como a Amazônica consomem tudo ou quase tudo
aquilo que produzem.
Pulmão do mundo. No que você pensa ao ouvir essa expressão?
Ora, só dá para imaginar que a Amazônia é a maior produtora mundial do oxigênio
que mantém a Terra viva! Acontece que essa história de "pulmão do
mundo" é uma enorme bobagem. Na verdade, são as algas marinhas que fazem a
maior parte desse trabalho - elas jogam na atmosfera quase 55% de todo o
oxigênio produzido no planeta. E mais: florestas como a Amazônia, segundo os
cientistas, são ambientes em clímax ecológico. Isso quer dizer que elas
consomem todo - ou quase todo - o oxigênio que produzem.
As estimativas variam, mas todas indicam que a parcela de
oxigênio excedente fornecida pela Amazônia para o mundo é bem pequena. Talvez
ela nem exista! É que, além de produzir oxigênio na fotossíntese (enquanto sequestram
gás carbônico da atmosfera e o transformam em matéria-prima para galhos e
folhas), as árvores também respiram - consumindo oxigênio e liberando gás
carbônico. No fim, a relação produção/consumo tende a ficar no empate.
Isso não significa, contudo, que derrubar a floresta teria
impacto zero sobre o clima do planeta. Ao contrário: quando não alimentam a
indústria legal ou ilegal de madeira, árvores derrubadas se decompõem,
liberando gás carbônico e agravando o problema do aquecimento global. Além disso,
já se sabe que, de várias maneiras, a Amazônia produz sua própria chuva e
influencia o regime pluviométrico de outras regiões. Segundo os cientistas, ela
lança na atmosfera uma quantidade inimaginável de partículas de origem
biológica - de pedacinhos de plantas a fungos e moléculas orgânicas. Levadas
pelo vento, essas partículas acabam virando núcleos de condensação de nuvens
(em torno dos quais o vapor dágua se
transforma em gotículas ou cristais de gelo). É por isso, entre outros fatores, que as chuvas são tão
abundantes na Amazônia. Quanto mais o desmatamento avança, mais elas tendem a
rarear - colocando em risco o delicado equilíbrio da floresta.
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